Dizem que os opostos, se atraem, mas como saber se as diferenças que nos unem, nos tornam mais completos ou simplesmente nos afastam da felicidade ou de uma conexão sincera com outra pessoa, independentemente das nossas diferenças ou imperfeições?


As noites eram um convite à introspecção, um momento de encontro consigo mesmo e com os labirintos inescrutáveis da existência. E em meio a essa reflexão solitária, a pergunta que inquietava a todos ecoava como um murmúrio constante: Será que vivemos com nossa verdadeira cara metade? Os opostos se atraem, isso é inegável. Mas a atração não garante a complementaridade. Muitos se encontram em meio à multidão, se prendem a almas que lhe prometem amor eterno, mas que, no fundo, carregam consigo duas faces, duas identidades.

 

A dualidade do ser humano é algo que intriga e fascina. Há aqueles que vivem sob a máscara da honestidade, mas que guardam em seus corações segredos sombrios. Há os que se dizem livres, mas que se submetem a correntes invisíveis de preconceitos e dogmas. E há aqueles que amam com toda a força do seu ser, mas que, ainda assim, não conseguem preencher o vazio existencial que lhes habita.                                                                       

Assim, em meio a essa busca incessante pela cara metade, somos todos prisioneiros de nossas próprias ilusões. Pois, mesmo que achemos que encontramos a pessoa certa, ainda assim, precisamos enfrentar as sombras do desconhecido e encarar as verdades que se ocultam por trás das máscaras. E é nessa busca constante por um amor verdadeiro que nos perdemos nos labirintos do existir, procurando a chave que nos levará à porta da felicidade.

 

Mas talvez a chave esteja dentro de nós mesmos, e a porta seja apenas uma ilusão passageira. Talvez a verdadeira felicidade esteja em aprender a amar a nós mesmos, em todas as nossas dualidades e complexidades, e em encontrar alguém que possa caminhar ao nosso lado, compartilhando as belezas e as dores do existir.

Comentários